O Trânsito de Vênus.


Conforme a última postagem, nos dias 5 e 6 de junho ocorreu o Trânsito de Vênus. Como o Brasil e parte da Europa não pode assistir o evento, todos ficaram de olho nos serviços online. Assim belas imagens foram produzidas. A Nasa montou uma estrutura Online o que permitiu a transmissão ao vivo do evento.

Ao longo de um período de seis horas em 5-6 junho de 2012, o Solar Dynamics Observatory (SDO) coletou imagens em vários comprimentos de onda do trânsito de Vênus em toda a face do sol. Estes trânsitos ocorrem em pares oito anos separados que são separados uns dos outros por 105 ou 121 anos. O último trânsito  foi em 2004 e o próximo somente em 2117.
Lançado em 11 de fevereiro de 2010, o Solar Dynamics Observatory, ou SDO, é a sonda espacial mais avançada para estudar o sol. Durante a sua missão de cinco anos, ele irá examinar a atmosfera do Sol, o campo magnético e também proporcionar uma melhor compreensão do papel do sol. O SDO fornece imagens com resolução oito vezes melhor do que a televisão de alta definição.

Em 5 de junho de 2012, o SDO recolheu imagens do evento solar  mais raro e previsível que é o trânsito de Vênus em toda a face do sol. Este evento durou aproximadamente 6 horas.

Assim a Nasa produziu um vídeo do trânsito de Vênus construído a partir de vários comprimentos de onda deste o ultravioleta até o espectro  visível, que você pode conferir abaixo.










Fotos: SDO's Ultra-high Definition View of 2012

O trânsito que todos desejam. Vênus.


O trânsito de Vénus  ocorre quando o planeta Vênus passa diretamente entre o Sol e a Terra, tornando-se visível e portanto obscurecendo uma pequena parte do disco solar. Durante o trânsito, Vênus pode ser visto da Terra como um pequeno disco preto se movendo sobre a face do sol. A duração de tais trânsitos, geralmente é medido em horas (o trânsito de 2004 durou seis horas). Um trânsito é semelhante a um eclipse solar pela Lua. Embora o diâmetro de Vênus seja quase quatro vezes maior do que a Lua, Vênus parece menor, e viaja mais lentamente em toda a face do Sol, porque esta mais distante da Terra.
Trânsitos de Vénus estão entre os mais raros dos fenômenos astronômicos previsíveis. Elas ocorrem em um padrão que se repete a cada 243 anos, e em pares de trânsitos de oito anos de diferença separados por longos intervalos de 121,5 anos e 105,5 anos. A periodicidade é um reflexo dos períodos orbitais da Terra e Vênus 
O próximo trânsito de Vênus ocorrerá em 5 e 6 de junho de 2012 , e será o último trânsito de Vênus neste século, o trânsito prévio ocorreu em 08 de junho de 2004. Um trânsito de Vênus pode ser observado com segurança, tomando as mesmas precauções utilizadas para observar as fases parciais de um eclipse solar. Olhando para o Sol sem proteção adequada para os olhos pode rapidamente causar sérios danos aos olhos. 
Após 2012, o próximo par de trânsitos será em 2117 e 2125. No Brasil o evento somente será visível no extremo oeste nos estados do Acre a Amazonas. A melhor região do mundo para a observação será a Ásia.
Para quem não pode assistir estamos colocando no Blog o LiveStream da Nasa em Mauna Kea no Hawaii.Marque na sua agenda 5 de Junho.



Trânsito de vênus em 2004

Trânsito de Vênus em 2004

Fotos: NASA Venus Transit Observing Challenge 

Marte ataca!

Entra ano sai ano, a mesma histeria toma conta da Internet. Nestes dias pensamos que alguém deve gostar de tolos, pois o mundo esta cheio deles. A estapafúrdia mente de algumas pessoas foi alavancada com o advento da Internet. A mesma Internet que poderia formar e disseminar o conhecimento é a mesma que prolifera a bisonhice. Assim em todo mês de agosto proliferam emails a respeito do Planeta Marte.

Todo ano alguém envia um email afirmando que  Marte Chegará a uma magnitude tal que aparecerá tão grande como a Lua cheia a olho nu. Alguns emails chegam a citar um Planetário de Vancouver que calculou a magnitude e que o evento ocorrerá novamente daqui a 70 mil anos.

De todas as barbaridades a melhor foi a do Jornal do Brasil. A noticia veiculada em 2009 é.  (caderno A, página 4 da edição de 14 de junho de 2009 conhecida nos meios astronômicos como a “maior barriga jornalista” sobre  Astronomia. Para quem não sabe barriga, no jornalismo, é quando um veículo tem a intenção de dar uma notícia em primeira mão, mas acaba divulgando uma informação falsa.
Pois bem no dia 14/06 de 2009 (Edição de Domingo) na coluna Informe JB o Jornalista Leandro Mazzini, escreveu a seguinte nota:

"O Planetário Internacional de Vancouver calculou que no dia 27 de agosto a partir da 0h30, a aparição de duas luas. Trata-se da Lua própria, e de Marte que orbitará muito próximo da Terra como nunca antes."
Noticia publicada no Jornal do Brasil em 2009, considera nos meios astronômicos como a maior "barriga" dos últimos tempos.

Assim perpetuando a pulha eletrônica esta noticia tem sido recorrente todo o ano desde 2003. Para que você compreenda o episódio devemos retornar ao ano de 2003 quando o planeta Marte este mais próximo da Terra. O período mais propício para observação de marte é quando o planeta esta em oposição ao Sol. 

Nesta época o planeta nasce logo após o crepúsculo, passa pelo zênite (o ponto superior na esfera celeste) e se põe ao amanhecer. Porém em algumas oposições a distância da Terra a Marte podem ser menores. Devemos lembrar que as órbitas dos planetas são elípticas e nem sempre estas distâncias coincidem. Nas oposições que o planeta Marte esta mais próxima a Terra estas são conhecidas como periélicas.

Em algumas oposições periélias marte esta mais próxima. E justamente no ano de 2003 a máxima aproximação ocorreu no dia 27 de agosto e sua magnitude foi de -2,88 e uma distância de 55,7 milhões de quilômetros. (Magnitude é a escala logarítmica do brilho de um objeto utilizada na astronomia, quanto mais negativo for o numero maior o brilho, o limite do olho humano esta aproximadamente em 6). Para se ter referencia a estrela mais brilhante do céu é Sirius cuja magnitude é -1.
Comparação do tamanho da Lua e de Marte no Periélio de 2003.

Esta aproximação de marte foi um episódio único para observar marte a olho nu, pois facilmente poderia ser identificado como um pequeno ponto vermelho no céu. Mesmo com a observação telescópica, marte não apresenta tantos aspectos que chamem a atenção. Nesta época com telescópios de aberturas superiores a 150 mm, permitiram a observação da calota polar branca, devido a gelo.
Distância de marte a terra em oposições

Assim este ano para não fugir a regra esta se disseminando pela internet um e-mail sobre o "fenômeno das duas Luas cheias". Para ser o mais direto possível a noticia é totalmente falsa. A aproximação ocorreu em 2003, mesmo assim os astrônomos alertavam sobre o fenômeno e o alarde das duas luas que era totalmente falso. A próxima aproximação de mesma magnitude ocorrerá em 2287 quando marte estará a 55,688 milhões de km da Terra. Assim, mesmo em 2003 surgiu o boato absurdo que marte teria o brilho e o tamanho da Lua, o que seria impossível. Simplesmente uma hecatombe.

Estas informações ao contrário do que se imagina provocam um forte impacto nos meios astronômicos e as pessoas começam a desacreditar da ciência. O  exemplo veio do episódio do cometa Harley cujo alarde em 1986 provocou fortes decepções, e muitos duvidaram da sua real existência.
Assim entra ano e sai ano no mês de agosto sempre surge aquele email absurdo que reproduzimos abaixo:

MARQUE 27 DE AGOSTO NO SEU CALENDÁRIO MARTE APARECERÁ TÃO GRANDE COMO A LUA! PELA PRIMEIRA VEZ EM PELO MENOS 5.000 ANOS!
Nunca novamente na sua vida o planeta vermelho fará uma aparição tão espetacular!
Nesta semana e na próxima, a Terra estará alcançando Marte, um encontro que culminará na maior aproximação entre os dois planetas de que se tem conhecimento. A próxima vez que Marte provavelmente ficará assim perto da Terra será em 2287.
Devido a forma com que a gravidade de Júpiter influencia Marte e perturba a sua órbita, os astrônomos estão seguros que Marte não ficou tão perto da Terra nos últimos 5.000 anos mas este tempo pode ser de até 60.000 anos.
Em 27 de agosto, Marte se aproximará 34.649.589 milhas (55.763.108 quilômetros) da Terra e será (junto com a Lua) o mais brilhante objeto no céu à noite. Chegará a uma magnitude tal que aparecerá tão grande como a Lua cheia a olho nu e portanto facilmente localizado.
No começo de agosto, o planeta nascerá no leste às 22 horas e alcançará seu azimute aproximadamente às 3 horas. Mais para o final de agosto, onde os dois planetas estarão mais perto, Marte se levantará ao anoitecer e atingirá seu ponto mais alto no céu aos trinta minutos depois da meia-noite.
Valerá o esforço de ver um acontecimento que nenhum ser humano jamais viu em toda a história documentada. Então, anote no calendário no começo de agosto para ver Marte ficar progressivamente mais e mais brilhante durante o mês.

A conclusão é única, a mesma internet que sem sombra de dúvida é o maior repositório do conhecimento humano também é o berço da ignorância e obscuridade com o poder disseminatório. Cabe a nós "pobres mortais" buscar a separação e com a mesma prática disseminar o conhecimento.

Ficam assim as belas imagens do planeta vermelho.

Marte e toda a sua superfície



Imagem da superfície de Marte. Sonda Viking

Imagem da superfície de Marte. Sonda Viking



A visão do Orbitador de Reconhecimento Lunar.

Localização dos destinos das missões no programa Apollo

Fra Mauro é a região da Lua, onde a Apollo 14 pousou em 1971. Esta região da Lua possui uma  grande cratera  de oitenta quilômetros de diâmetro e recebe este nome em homenagem ao religioso e cartógrafo do século 15 e produziu mapas como do velho mundo e um detalhado mapa mundi ainda exposto em Veneza.
A região também possui uma cratera chamade de Cone, resultado de um impacto , e que mede cerca de trezentos metros além de conjuntos de crateras chamadas de tripleto.
Nas missões espaciais do programa Apollo todos os dados eram meticulosamente estudados e divulgados a época para a imprensa através do “Kit Press”. Assim as informações desde a decolagem até a localização do provável “Splashdown” eram divulgadas previamente.  Este último era o método de pouso da pequena cápsula que retornava a terra e com auxílio de paraquedas que caia em um ponto pré-determinado no oceano.

No “kit press” continham informações sobre o EVA (Extra Vehicular  Activity) e no caso da Apollo 14 foi divulgado o mapa da região de Fra Mauro e a EVA programada.
Mapa do planejamento da EVA (Extra Vehicular Activity) da missão Apollo 14. Cópia do Kit Press.

Até agora, nenhum telescópio foi poderoso o suficiente para observar com resolução  suficiente os equipamentos deixados a superfície da Lua pelas missões Apollo. Nem mesmo o todo poderoso Telescópio Espacial Hubble foi capaz de fazê-lo. 
Porém em junho de 2009 foi lançado pela  NASA o  Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO),  uma nave robótica que ao entrar em orbita baixa, cerca de 50 quilômetros, começou a enviar as imagens da superfície Lunar. O objetivo do projeto era fazer um reconhecimento completo de toda a superfície, com imagens de  resolução e que permitiriam fazer uma mapa 3D da Lua.
Sonda espacial LRO (Imagem artística) 

Mas o que chamou atenção, sendo o tema deste artigo, foram as imagens dos equipamentos deixados na Lua pelas missões Apollo. O LRO fez o mapeamento, e todas as missões Apollo foram identificadas , uma das fotos já foi publicada em textos anteriores, a qual faço referência ao LRV (Lunar Roving Vehicle). 

Como o tema é empolgante, logo que as imagens do LRO começaram a ser divulgadas, várias destas fotos foram utilizadas para análises das missões. Assim em 2009 fiz uma comparação que foi publicada no Cosmofórum  e que apresento neste texto.

Com a imagem de Fra Mauro, foram identificadas as principais crateras que se apresentam na superfície Lunar e as chamadas “Landmarks” da missão Apollo 14. Landmarks eram pontos de referencia no processo de Alunissagem.
Imagem capturada pela LRO da região da alunissagem da Apollo 14, mostrando ao final da linha amarela o módulo Lunar.

Com esta informação foi determinada a rota de pouso identificada na fotografia. Assim foi possível realizar um traçado da rota de alunissagem do módulo Lunar.
Na imagem abaixo você pode ver uma linha amarela que termina no restante do Módulo Lunar da Apollo 14 que foi deixado a superfície da Lua.
Assim ao compararmos o vídeo da alunissagem do módulo Lunar Antares da Apollo 14 com as fotos do LRO da região, podemos identificar as diversas crateras no curso da alunissagem.
Pontos de referência de identificação do pouso do módulo lunar Antares da Apollo 14.

A primeira foto apresenta o trajeto por uma linha amarela e linhas transversais indicando pontos de referência.
Os pontos 1, 2, 3 e 4 podem ser comparados com o vídeo abaixo, sendo o ponto 1 em 3:00 minutos, ponto  2 em 3:10 minutos, ponto 3 em 3:28 minutos e ponto 4 em 3:53 minutos.
Vídeo da alunissagem do módulo Antares. Apollo 14.

Para auxiliar a identificação, a imagem abaixo apresenta a imagem do LRO de 2009 e imagens capturadas do vídeo da alunissagem do módulo Antares em 1971. Os círculos brancos ajudam a identificar os pontos presentes no vídeo e na imagem realizada pelo LRO. O círculo vermelho na imagem é a parte do módulo Lunar Antares.
Comparação da Imagem do LRO de 2009 com os equipamentos da Apollo 14 e o vídeo de alunissagem realizado em 1971.

Na Decolagem do módulo Antares observem o modulo lunar na seta, logo acima no circulo branco um conjunto de 3 crateras, no alto a esquerda vocês podem ver uma imagem do filme da decolagem no "retorno para casa". No vídeo você pode ver no instante 14 segundos.
Comparação da imagem do LRO de 2009 e da decolagem do módulo Antares em 1971.

Vídeo da decolagem do módulo Antares da missão Apollo 14. 

Se você leitor ainda possui alguma dúvida sobre a promessa de Kennedy de levar o Homem a Lua e retornar em segurança, e ainda acha que tudo foi uma grande farsa conspiratória, só nos resta afirmar. Quem vive na Lua é você.

O Veículo Lunar (Lunar Rover Vehicle)

O módulo Lunar "Falcon" da missão Apollo 15 e o LRV

Seguindo os passos da teoria conspiratória já relatada, uma das alegações era a inpossibilidade de enviar um veículo lunar em um módulo devido ao seu tamanho.
Os conspiradores relatavam que o tamanho do veículo era totalmente desproporcional ao  módulo Lunar e sendo assim isto seria uma prova de que tudo foi um engodo. O que falta aos maquinadores é um mínimo de informação totalmente disponível nos diversos registros da Nasa e da Imprensa na época, bastaria alguma leitura, o que parece tem faltado a todos os autores destas futilidades.
O que faltou foi a informação de que  o Veículo era constituido de uma moldura com liga de alumínio em um chassi articulado que pudesse ser dobrado e pendurado no módulo lunar. Assim o Veículo Lunar era todo dobrado inclusive suas rodas e era encaixado externamente no módulo lunar, sendo que o seu processo de desacoplamento inclusive foi gravado em vídeo durante as missões Apollo 15, 16 e 17.

Para demonstrar o processo segue um vídeo montado a partir do material disponível no Museu da Nasa.

O LRV -  Lunar Rover Vehicle
Durante as Conferências sobre exploração Lunar em meados dos anos 60, uma das conclusões foi que para o projeto ser bem sucedido seria necessário um veículo lunar. Assim durante o programa Apollo a Nasa aprovou o projeto do LRV -  Lunar Rover Vehicle.

Ainda em 1969,  antes do vôo da Apollo 11 a Nasa lançou o desafio da construção do LRV, sendo que as empresas Boeing, Bendix, Grumman, e Chrysler apresentaram propostas. Após três meses de avaliação de propostas e negociações, a Boeing foi selecionada como a contratante principal para o LRV da Apollo.  No contrado com a Boeing o primeiro veículo seria entregue em 1971, cujo custo final do projeto foi de 38 milhões de dólares. Quatro LRV foram construídos, um para cada missões Apollo 15, 16 e 17. O outro foi  utilizado para peças de reposição após o cancelamento de outras missões Apollo.
O LRV ainda na fase de desenvolvimento

LRV 001 utilizado na missão Apollo 15

LRV de treinamento utilizado pelos tripulantes da Apollo 15 Dave Scott e Jim Irwin  no deserto do Arizona.

Tripulação da Apollo 15 David R. Scott , Alfred M. Worden e James B. Irwin. 

Tripulação da Apollo 15 David R. Scott , Alfred M. Worden e James B. Irwin. 


O LRV foi utilizado pela primeira vez em 31 de julho de 1971, durante a missão Apollo 15. o que permitiu aumentar significativamente a área de visita. Nas missões Apollo, todos os detalhes eram meticulosamente analisados. Neste post estou colocando reproduções do KIT da Imprensa que possuia todos os detalhes técnicos da missão. Um calhamaço de informações que continham o plano da missão, os locais a serem visitados, os equipamentos, enfim um detalhamento de todo o projeto.
Diagramas do LRV  contidos no Kit da Imprensa  
Diagramas do LRV  contidos no Kit da Imprensa 


O LRV foi desenvolvido em um período curto, menos de 1 ano e meio e provou ser um veículo de exploração confiável, seguro e flexível. Cada LRV possuia uma camera de TV operada remotamente o que permitiu a gravação do estagio de subida no retorno do módulo lunar. 
LRV 001 Missão Apollo 15 em testes de dobra e colocação no módulo lunar 

LRV 001 dobrado na Missão Apollo 15 

LRV 001 dobrado na Missão Apollo 15 


Características técnicas do LRV
O LRV era elétrico, projetado para as condições de vácuo e pouca gravidade, pesava cerca de 210 quilos, tinha três metros de comprimento e pouco mais de um metro de altura. A estrutura era de alumínio, tinha dois assentos dobráveis ​​feitos de tubos de alumínio com nylon. com assoalho também de alumínio. As rodas foram produzidas pela General Motors Defense Research Laboratories, media cerca de 80 cm com pneus com 23 cm de largura. Cada roda possuia seu proprio mecanismo  de  disco elétrico feito pela Delco, com motor DC com capacidade de 0,25 CV (190 W). O combustível eram duas baterias de 36 volts com capacidade de 121 amperes.
LRV 001 preso ao Módulo Lunar da Apollo 15

LRV 001 e o módulo Lunar da Apollo 15

LRV 001 dobrado junto ao módulo Lunar da Apollo 15

LRV 001 sendo acoplado ao módulo Lunar Falcon da Apollo 15

LRV 001 acoplado ao módulo Lunar Falcon da Apollo 15


O volante era um controle de mão em forma de T situado entre os dois bancos que controlava os motores de acionamento, direção e freios, inclusive com marcha a ré, acionada por interruptor e freio de estacionamento. 
Volante e painel de Comando do LRV 001

A navegação era feita por uma gravação de dados através de um giroscópio direcional e odômetro, que alimentava o computador e poderia trazer o veículo de volta ao módulo lunar.

Em cada missão o uso foi crescendo sendo que na primeira missão (Apollo 15) o LRV-001 percorreu mais de 27 quilômetros e o tempo total de uso foi pouco mais de 3 horas. No último LRV usado na Apollo 17 percorreu mais de 35 quilômetros.

Uma das curiosidades operacionais era de que a cada EVA (Atividade Extra Veicular), ou seja a cada atividade o LRV deveria ir até o ponto mais distante do módulo lunar e depois ir retornando, pois caso ocorrece algum problema eles já estariam mais próximos do Módulo Lunar.
LRV 001 em operação na missão Apollo 15

LRV 001 em operação na missão Apollo 15

LRV 001 em operação na missão Apollo 15

LRV 001 em operação na missão Apollo 15


Em 2009 a Nasa lançou o LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) cuja missão era orbitar a Lua, pesquisar os recursos lunares, e identificar possíveis locais de pouso. A sonda realizou  imagens de alguns equipamentos do projeto Apollo deixados na Lua. Uma delas é da Apollo 15 onde se pode identificar parte do Módulo Lunar e o LRV 001, no canto a direita.

Fotos do post: Arquivos do projeto Apollo - NASA