James Webb: A visão do futuro e do passado.

O Telescópio Espacial James Webb (JWST), será o telescópio espacial otimizado para observações em infravermelho e sucessor científico do Telescópio Espacial Hubble. As principais características técnicas são o espelho de 6,5 metros e sua órbita que permitirá uma resolução sem precedentes cujos principais objetivos científicos, a principio, sejam atingidos que são: o estudo do nascimento e evolução das galáxias e a formação de estrelas e planetas.

Comparação do tamanho do espelho do telescópio Hubble e o James Webb
Seu planejamento começou em 1996, sendo um projeto com colaboração internacional de cerca de 17 países  liderada pela NASA , e com contribuições significativas da Agência Espacial Europeia e da Agência Espacial Canadense.  Seu nome, James E. Webb, é uma homenagem ao administrador da NASA, que desempenhou um papel fundamental no programa Apollo.

A missão esteve sob revisão por parte do Congresso dos Estados Unidos em 2011, depois de cerca de 3 bilhões de dolares já tinham sido gastos,  e mais de 75 por cento do seu hardware pronto e em fase de testes.

Representação dos pontos de  Lagrange
A órbita do JWST será uma órbita elíptica  está a 1,5 milhão quilômetros da Terra, no ponto conhecido com ponto L2 de Lagrange. Descobertos pelo matemático italiano Joseph-Louis de Lagrange os pontos de Lagrange são pontos especiais próximos de um sistema orbital de dois corpos. Estes ocorrem porque as forças gravitacionais das massas cancelam a aceleração centrípeta.  As posições que marcam esses locais de intersecção gravitacional são cinco, e estão localizados a  cerca de 4 vezes mais longe do que a distância entre a Terra à Lua, o que já torna um gigantesco desafio colocar o telescópio em órbita. 

Região de órbita do telescópio James Webb
Normalmente, um objeto que circunda o Sol mais longe do que a Terra levaria mais de um ano para completar sua órbita. No entanto, o saldo de atração gravitacional bem como  a atração extra da Terra, irá fazer com que o  telescópio JWST se mantenha na órbita junto com a Terra, uma vez que giram em torno do sol.  
Para conseguir cumprir seus objetivos, o novo telescópio vai utilizar uma combinação de 18 segmentos individuais de espelhos capazes de se dobrar — algo necessário para que eles coubessem em um foguete espacial. No espaço, as diversas partes que constituem o dispositivo vão se rearranjar em um espelho com 6,5 metros de diâmetro.

Espelho do telescópio James Webb
Dentre os instrumentos do telescópio estão a NIRCam: a principal câmera do JWST, responsável pela detecção de galáxias, o MIRI: um instrumento capaz de explorar variedades de comprimentos de ondas infravermelhas, o NIRSpec:  um espectrografoa, o NIRSpec: para observação de  estrelas e galáxias,  e o FGS/NIRISS: uma câmera de alta velocidade que ajuda a mudar o posicionamento do telescópio.
A superfície de reflexão esta sendo feita com berílio , um metal forte e leve, porém corrosivo e revestido com uma camada de ouro fina, responsável por aprimorar a reflexão de raios infravermelhos. 
Espelho do telescópio James Webb
As diversas tecnologias somadas ao tempo e dinheiro necessários para construir o telescópio demonstram o risco do projeto, algo sem precedentes que envolvem diversas agencias espaciais. 
A aposta e os desafios tecnológicos obrigam o telescópio a funcionam sem erros pois como ele estará a uma distância de 1,5 milhão de quilômetros da Terra, missões de manutenção estão totalmente fora de cogitação. A previsão do lançamento é em 2018.

Réplica em tamanho natural do telescópio James Webb.

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